Alexandre não gosta de pedir para tirar fotos dele. Ele não dá sorte, a pessoa sempre tira fotos bem ruins.
Saímos bem mais cedo do que nos outros dias, o calor
prometia permanecer forte.
Ainda era noite e tínhamos que ter muita atenção para não
perder as indicações do caminho.
Barcelos é o berço dos galos portugueses. Claro que
procuramos os menores a venda e arrumamos um lugarzinho na mochila para levar
de lembrança para o Brasil.
No dia anterior Ana não conseguiu passear em Barcelos pelo
cansaço. Teve que se esforçar para conhecer um pouco na escuridão da madrugada
que terminava no início de nossa caminhada.
O Calor continuava, nossa próxima parada era Ponte de Lima e
um dos maiores percursos a percorrer.
Neste dia, como já saberíamos que era um dia bem difícil,
Ana resolveu despachar a mochila. O mesmo foi feito por outros peregrinos. Existe um serviço de transporte de mochilas ao
custo de 5 euros. Usamos Santiago Backpack – telefones +34680271584 ou
+351913376056.
Lembra do chapéu que encontramos do Boca? Em uma das paradas
de descanso, uma peregrina grita - Brasileiros... Foram vocês que acharam meu chapéu?
Olha que louco, por sorte Alexandre não tinha despachado a mochila e o chapéu estava
com ele. Para nossa alegria o chapéu encontrou seu dono e tinha uma história
por trás do assessório. Era um presente do pai e a dona não estava muito triste
de ter perdido. Foi bom andar com ele pendurado, outros peregrinos viram e falaram que estava com um casal de brasileiros. Nossas mochilas tinham a bandeira do Brasil.
Claro que arrumamos mais uma amiga! Chamávamos de argentina, mas seu nome é Silvina.
Claro que arrumamos mais uma amiga! Chamávamos de argentina, mas seu nome é Silvina.
Silvina Caminhava muito rápido e em poucos passos já tinha
desaparecido.
Sem o peso da mochila Ana estava voando e Alexandre tinha
que pedir que parasse para conseguir tirar fotos.
O grupo chicos, Ana e Maria seguiam juntos. Alexandre seguia
um pouco atrás. Claro que em alguns momentos aconteciam algum distanciamento,
mas logo na próxima parada de descanso o grupo voltava a se juntar.
O que mais gostamos no caminho é cruzar com outros
peregrinos e sempre que possível trocar algumas palavras, mesmo que poucas.
Ainda no Porto, teve um dia que o tempo estava ruim e
compramos um guarda chuvas. Não usamos e pensamos em descartar logo nos
primeiros dias de caminhada. Foi sorte não ter feito porque ele nos ajudou
muito nestes dias de grande calor.
Alexandre acha que um ponto muito legal do caminho são as
paradas. Repor às energias a beira de um rio, no frescor de uma igreja, em um
café, ....
Outro ponto que é ajuda é poder beber água direto da bica.
Ana não aguentou o calou e pediu um short do Alexandre, já
que não estava com suas roupas. Não ficou nada muito belo, mas no caminho não
ligamos para isso.
Em um trecho do caminho, nosso novo amigo Andrés resolveu
fazer uma pose para tirar foto.
A ponte não foi bem sucedida e ele caiu provocando uma lesão
no ombro.
O susto foi grande, ele sentia muita dor e necessitava
urgente de um médico. Por sorte recebemos a ajuda de uma família que nos deu
apoio, nos tirou do sol e buscou um apoio em que ele sentisse menos dor. Um
rapaz imediatamente chamou os bombeiros
e quando eles chegaram identificaram que não foi nada muito grave. Na
verdade ele teve um deslocamento do ombro, mas por sorte voltou para o lugar
sozinho. Coisas do caminho.
Com a insistência de Andrés, seguimos o caminho.
O calor continuava, qualquer lugar que se encontrava algum
ponto de água era parada obrigatória.
Era comum encontrar pontos para lavar roupas, mas até então
não tínhamos encontrado ninguém lavando suas roupas por lá, imaginando que essa
prática já não existia. Para nossa surpresa estávamos enganados. Descansamos
nesta parte com uma boa prosa com essa simpática senhora.
Depois de outro dia bem difícil, chegamos a Ponte de lima. Os
chicos já tinham reserva em um albergue e nós tínhamos esperança de encontrar
vaga neste mesmo albergue. Chegando lá, vimos que não só lá estava lotado como
na maioria dos outros albergues. Já
muito cansados para caminhar em busca de um local para ficar, Alexandre entrou
em um hotel a beira do rio Lima e com o auxílio da funcionária encontrou um Guest House legal e bem
localizado. – Vila De Ponte Guest House.
Acabamos gastando um pouco mais neste dia com a hospedagem, mas depois de um
dia super cansativo como aquele, nós merecíamos .
Chegada a Ponde de Lima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário