DÉCIMO SEGUNDO DIA: ATAPUERCA / BURGOS – 21
KM
Como não foi diferente no dia anterior,
iniciamos o dia com muito frio, um dia chuvoso e com vento.
Mais uma vez nos juntamos no refeitório para
o café da manhã e pé na estrada. Ou melhor, nas pedras....
Alexandre vendo que não estava obtendo
melhores resultados com as pomadas anti-inflamatórias resolveu partir para
remédio via oral. Também passou a andar de sandálias.
Os primeiros km foram de uma subida íngreme
e com pedras.
No final sempre a recompensa. Um belo
visual.
Nesta etapa muitas pedras e por todos os
lados encontrávamos trabalhos com as pedras. Peregrino adora uma pedra. Risos.
Na descida a chuva nos pegou novamente e o
Alexandre teve que procurar um abrigo para poder colocar as botas.
Neste momento mais um sinal do caminho: queríamos
ir por Castañeira. Como o Alexandre tinha parado para colocar as botas, os nossos
amigos brasileiros, que caminhavam nessa etapa conosco, resolveram seguir para
ir encontrando o caminho por Castañeira. No final eles não encontraram a
entrada e optaram em seguir por outro caminho (mais curto porém mais próximo das
fábricas da localidade). Quando terminamos de nos arrumar, ao levantar a cabeça,
Alexandre logo viu o tal caminho em nossa frente e foi por onde seguimos.
Nesse caminho cruzamos com um espanhol
passeando com seu cão. Ana foi logo fazendo festa com o animal que lançou logo
uma bela lambida. Lembre-se de ter sempre em mão lenços umedecidos. Risos
Curiosidades do caminho:
Tá cansado e se depara com esse desenho na parede...é impossível não dar boas risadas e ver que estamos muito bem.
Muitas portas são pequenas. A Ana tem 1,63
metros de altura.
Os símbolos do caminho estão sempre
presentes.
É possível encontrar cobra no caminho.
Voltando...Mais a frente, na autoestrada, outro sinal:
duas setas amarelas apontavam para caminhos diferentes. Uma indicava seguir paralela
a estrada e a outra indicava cruzar a estrada. Optamos por cruzar a estrada,
caminhar ao lado da estrada não é muito agradável.
No final foi bom, encontramos moradores de
Burgos que, mesmo sem pedir informação, paravam para conversar conosco sob
chuva.
Burgos é uma cidade grande e temos que
atravessá-la até o albergue que fica próximo da catedral.
Nossa busca era então pelas torres da
catedral. Nessa de conversar com os moradores de Burgos, fomos sendo
direcionados para um caminho que não tinha setas, mas pelo que eles nos falaram
era muito mais bonito. Estávamos muito cansados e com fome, mas estávamos
felizes e atravessamos praticamente toda cidade em um parque onde muitas
pessoas faziam sua caminhada de lazer.
Quando vimos à ponta de uma das torres da
catedral já podemos imaginar o quanto era linda. Ficamos estarrecidos, um monumento
gótico espetacular!
Inacreditável a beleza dos detalhes, a
grandeza, a riqueza. Lindo demais!
Fizemos um passeio turístico de trem pelo centro
histórico da cidade.
A cidade merece mais dias para ser visitada
em sua totalidade. Acabamos não conseguindo visitar a igreja por conta do horário,
bem como os museus, biblioteca e outras atrações.
Ficamos pensando no que ainda vem pela
frente.
Não podíamos deixar de provar as famosas
Mursillas de Burgos. Uma delícia!!!!
Alimentados é descansar para a próxima
etapa.