domingo, 12 de maio de 2013


DÉCIMO SEGUNDO DIA: ATAPUERCA / BURGOS – 21 KM


Como não foi diferente no dia anterior, iniciamos o dia com muito frio, um dia chuvoso e com vento.



Mais uma vez nos juntamos no refeitório para o café da manhã e pé na estrada. Ou melhor, nas pedras....



Alexandre vendo que não estava obtendo melhores resultados com as pomadas anti-inflamatórias resolveu partir para remédio via oral. Também passou a andar de sandálias.



Os primeiros km foram de uma subida íngreme e com pedras.



No final sempre a recompensa. Um belo visual.



Nesta etapa muitas pedras e por todos os lados encontrávamos trabalhos com as pedras. Peregrino adora uma pedra. Risos.



Na descida a chuva nos pegou novamente e o Alexandre teve que procurar um abrigo para poder colocar as botas.



Neste momento mais um sinal do caminho: queríamos ir por Castañeira. Como o Alexandre tinha parado para colocar as botas, os nossos amigos brasileiros, que caminhavam nessa etapa conosco, resolveram seguir para ir encontrando o caminho por Castañeira. No final eles não encontraram a entrada e optaram em seguir por outro caminho (mais curto porém mais próximo das fábricas da localidade). Quando terminamos de nos arrumar, ao levantar a cabeça, Alexandre logo viu o tal caminho em nossa frente e foi por onde seguimos.



Nesse caminho cruzamos com um espanhol passeando com seu cão. Ana foi logo fazendo festa com o animal que lançou logo uma bela lambida. Lembre-se de ter sempre em mão lenços umedecidos. Risos



Curiosidades do caminho:

Tá cansado e se depara com esse desenho na parede...é impossível não dar boas risadas e ver que estamos muito bem.



Muitas portas são pequenas. A Ana tem 1,63 metros de altura.



Os símbolos do caminho estão sempre presentes.



É possível encontrar cobra no caminho.



Voltando...Mais a frente, na autoestrada, outro sinal: duas setas amarelas apontavam para caminhos diferentes. Uma indicava seguir paralela a estrada e a outra indicava cruzar a estrada. Optamos por cruzar a estrada, caminhar ao lado da estrada não é muito agradável.




No final foi bom, encontramos moradores de Burgos que, mesmo sem pedir informação, paravam para conversar conosco sob chuva.



Burgos é uma cidade grande e temos que atravessá-la até o albergue que fica próximo da catedral.



 Nossa busca era então pelas torres da catedral. Nessa de conversar com os moradores de Burgos, fomos sendo direcionados para um caminho que não tinha setas, mas pelo que eles nos falaram era muito mais bonito. Estávamos muito cansados e com fome, mas estávamos felizes e atravessamos praticamente toda cidade em um parque onde muitas pessoas faziam sua caminhada de lazer.



Quando vimos à ponta de uma das torres da catedral já podemos imaginar o quanto era linda. Ficamos estarrecidos, um monumento gótico espetacular!  



Inacreditável a beleza dos detalhes, a grandeza, a riqueza. Lindo demais!



Fizemos um passeio turístico de trem pelo centro histórico da cidade.



A cidade merece mais dias para ser visitada em sua totalidade. Acabamos não conseguindo visitar a igreja por conta do horário, bem como os museus, biblioteca e outras atrações.



Ficamos pensando no que ainda vem pela frente.



Não podíamos deixar de provar as famosas Mursillas de Burgos. Uma delícia!!!!

Alimentados é descansar para a próxima etapa.






DÉCIMO PRIMEIRO DIA: VILAFRANCA MONTE DA OCA / ATAPUERCA – 18 KM


Levantamos cedo e ao juntar-nos com outros peregrinos no refeitório acabamos em um café da manhã comunitário muito bom.

Começamos a caminhada encarando o início de uma subida íngreme. O Alexandre teve uma dificuldade maior nessa etapa, já que estava com tendinite e no início da manhã era o pior momento para ele.
Neste ponto vencemos a primeira subida.



Já em um terreno mais plano e com os tendões aquecidos.




A próxima cidade a ser alcançada era San Juan de Ortega e nos faltavam 12 km. O que nos agradava era que temos lindos bosques pela frente. O que não agradava é o tempo que estava instável.



Passamos por cidades perdidas no tempo que parecem existir tão somente por conta do caminho.



Na caminhada encontramos muitas pedras e os peregrinos não perdem tempo e as utiliza para os mais diversos trabalhos.



Por conta do frio, muitas vezes não tínhamos ânimo para parar no decorrer do caminho, ficando aguardando a próxima cidade. Como a Ana estava com muitas bolhas, em alguns momentos o Alexandre praticamente forçava uma parada em qualquer lugar.

Ao entrarmos em Agés, encontramos um lugar simpático chamado El Alquimista onde pudemos nos deliciar com um chá e bocadillo. Como coisas tão simples podem se tornar tão especiais?



Ao entrarmos em Atapuerca a chuva caiu forte e a temperatura voltou a baixar.



Praticamente conhecíamos todos no albergue. Nesta etapa só o Oli seguiu, já que Burgos seria sua etapa final. Muitos fazem o caminho em parcelas por falta de tempo.

Albergue pequeno mas tranquilo e todos os brasileiros estavam no mesmo quarto.

Alexandre tratou logo de cuidar dos pés. Um pouco de água quente com sal e vinagre. Não sabemos se é bom, mas com pensamento positivo tudo fica melhor.






Decidimos preparar um jantar comunitário delicioso: Menu –  Macarrão com bacon e linguiça, salada de tomate e arroz a piemontese. Tudo regado ao bom vinho, pão e muita risada.



Duas francesas se juntaram ao nosso grupo no jantar. Muito divertido porque apesar da diferença de culturas e línguas, todos se entendem.



Aí está a mágica do caminho!




Continuamos sempre com nossas preces pelos que estão próximos e principalmente pelas distantes.

Que venha Burgos!!!!!!!!!! Seguimos caminhando!