segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O Casamento!

Ficamos dois dias em Copacabana. No segundo dia tínhamos programado a subida ao Calvário.
O dia iniciou com chuva. 
Ir ou não ir, eis a questão!
Quando você quer muito uma coisa, basta encontrar qualquer motivo e é esse que vai usar. Na primeira parada da chuva partimos cerro acima.

 A subida é íngreme e o topo está a uns 4.000 metros acima do mar. Não é necessário falar que foi um sofrimento chegar lá, faltava ar e a atmosfera da via Crucis, representando o sofrimento de Jesus, nos acompanhava a todo o momento. Para piorar, voltou a chover.


Para o turista isso não é nada, curtimos pacas a chuva e para nossa alegria, chegando ao topo ainda conseguimos tirar belas fotos.



O povo Boliviano é muito religioso e segue suas crenças. Em um determinado mês do ano fazem festa no topo do cerro do calvário, com oferendas a Pachamama. Levam flores e até fetos de lhama para o ritual. 

No topo, conta a lenda que é possível deixar todos os seus problema na representação de uma pedra.  É claro que deixamos lá muitas pedras.....



Ficamos imaginando o por do sol lá. Parece que está entre um dos mais lindos. Buscamos uma foto na internet.
                                                            Foto da internet
Um foto curioso que já nos aconteceu outras vezes em nossas aventuras. Um Cão se juntou a nós e escolheu nosso amigo Juan, isso ainda nas ruas em direção ao Cerro do calvário. O danado nos acompanhou até lá, retornou conosco e depois desapareceu. Acreditamos que foi fazer a alegria de outros turistas. Parecia que era nosso cão de estimação, ou melhor, cão de estimação do Juan.


Na parte da tarde, fomos visitar a Igreja de Nossa Senhora de Copacabana. O Alexandre já tinha armado uma surpresa para a Ana. Ainda no pátio da Igreja, ele se ajoelha e fala para Ana.
- Você quer casar comigo?
Ana leva imediatamente as mãos ao rosto e segura o choro. – Claro que sim!
O casal entra na Igreja, acompanhado de seus padrinhos Juan e Maria. Nessa Igreja tem uma das imagens mais cultuadas de Virgem Maria e ela só é disposta para o salão principal da igreja em momentos especiais. Nosso compadre Juan nos leva até o andar superior, uma pequena capela onde se pode ver a imagem da Virgem. Ela está sempre lotada de turistas, mas curiosamente nesse dia não tinha ninguém. O compadre deveria fazer o discurso abençoando o casal, só que a emoção tomou parte de sua alma e o coitado não conseguia dizer uma palavra. Maria, com a mesma ternura e firmeza da Maria Santa, fez um belo discurso abençoando o casal.

Na saída da igreja tinha um fotógrafo e  ainda fomos presenteados pelos compadres com uma bela foto.

À noite fomos comemorar. Paramos em um bar, ou melhor, um rapaz nos parou na rua e indicou o bar, falando que teriam dois cantantes que ficaríamos encantados. Pensamos que seria uma boa ideia curtir a cultura musical do local. O Bar era bem legal, tomamos o famoso Pisco Sour, comemos bem e ficamos aguardando os cantores.
 Os cantantes, não apareceram!  Demos boas risadas com a situação e continuamos nossa curtição sem cantantes mesmo. Depois de muita bebida, dá vontade de ir ao banheiro. Putz, o banheiro era terrível. Nós poderíamos abrir um tópico só para banheiros na Bolívia, é surreal.
O importante é que o dia foi bem legal e agora o Casal Duplo “A” tem mais uma missão em todas as suas aventuras. Casar!