O taxista que nos levou da
rodoviária para o hotel, tratou logo de identificar se nosso destino seria Machupicchu
e nos oferecer uma empresa de turismo. Chegando ao hotel recebemos também uma
indicação de uma empresa de turismo. No dia seguinte, logo no café da manhã, já
estavam lá nossas indicações. A primeira que ouvimos foi a indicação do hotel.
A pessoa era bem atenciosa. A segunda a indicação do taxista. Esse já não passou
muita confiança. Ficava fazendo cálculos separados e em bolivianos. A ideia era
fazer um pacote incluindo o passeio pelo vale sagrado, deslocamento e estadia até
Águas Calientes, subida e entrada a MachuPicchu, bem como o deslocamento de
retorno até Cusco.
Resolvemos não fazer
outras pesquisas, mesmo estando mais caro do que tínhamos pesquisado na
internet, e fechamos com a indicação do hotel. Marcamos de ir até a Agência de
Turismo para pegar os vaucher. Chegando lá surgiu um contratempo! Não tinha
vagas no trem para voltar de Machupicchu a tempo de pegar o ônibus para La Paz,
teríamos que voltar no meio do dia. Até foi cogitado uma opção de voltar de ônibus,
contudo foi logo descartada por conta de uma volta interminável que teríamos
que dar.
Bom, apesar de ficar bem
ruim, resolvemos fechar assim mesmo, caso contrário a outra opção seria ficar
mais um dia em Cusco e não era esse o objetivo.
Passeando por Cusco
entramos em outra agência de Turismo,
não lembramos nem o motivo, e acabamos comentando sobre o fato. O funcionário
abriu o sistema e viu que tinha sim vagas no horário da tarde para a data que
voltaríamos. Voltamos na Agência de Turismo que fechamos o pacote, encontramos
a funcionária colocando o cadeado na porta, pronta para fechar. Falamos sobre o
ocorrido e ela se prontificou a acertar se possível. Acabamos viajando sem saber se daria certo e o motivo do erro.
Para nossa surpresa tudo deu certo e no segundo dia de nossa estada em Águas Calientes,
nossas passagens estavam no hotel, para o horário de 18h30min.
O total ficou em 300 dólares
por pessoa. Empresa Machupicchu Agency
Cusco é uma cidade voltada
para o turismo. Ruas limpas e muitas lojas bem organizadas. A alimentação
barata não passa muita confiança, mas tem bons restaurantes. A praça é uma
delícia, dá vontade de sentar em um de seus bancos e ficar por lá algumas horas
vendo a movimentação.
Falávamos que na Bolívia
vimos poucas crianças trabalhando. Infelizmente na praça de cusco encontramos
algumas crianças vendendo artesanato. Uma dessas nos chamou a atenção. Ele nos
abordou e quando percebeu que somos Brasileiros, perguntou se a Dilma ainda era
presidente da república. Respondemos que sim e ele foi falando os
ex-presidentes que o Brasil já teve. Ficamos surpresos e ele falou que vende os
artesanatos que o pai faz e que também gosta muito de livros. Conversamos um
pouco com o garoto e é claro, compramos muitos dos seus artesanatos. Bom ver
que ainda existe esperança!
Chega à fome e a ideia era
comer algo só para agüentar até a noite, quando jantaríamos em um bom bar.
Tínhamos a opção de comer no MacDonald que é claro foi descartada de primeira.
Fomos rodando pela cidade até que encontramos um lugar que não era muito
convidativo. Um senhor fazia crepes praticamente na calçada. Ao fundo uma
pequena sala com poucas mesas e cadeiras. O cheiro era bom e resolvemos
arriscar. Mais um acerto! O crepe era
muito gostoso e a um custo bem em conta.
Creperia – Frencesa –
Calle Quera 282
O crepe custa entre 9 e 10
soles.
À noite fomos jantar no
restaurante de um espanhol. O restaurante é bem legal e também com um custo bem
justo. O próprio dono nos atendeu e sugeriu o que comer. Gostamos disso! Praticamente
um atendimento personalizado. Tomamos um bom vinho e fechamos o dia muito bem.
Para finalizar ele pede que deixe um recado nas paredes do bar.
Recomendamos! Tapa Tapa y Ole – Calle Suecia 343 – C
Como em toda cidade, nos
deparamos com um movimento que inicialmente achamos que era alguma reivindicação
social. Depois a Ana ficou achando que era algo ligado a futebol. Bom, no final
não ficamos sabendo, o importante é que sendo uma coisa ou outra, estavam organizados
e civilizados que é o mais importante.