VIGÉSIMO SEXTO: GONZAR / MELIDE- 32 KM
Depois de um dia quente de sol, hoje
amanheceu muito frio, com névoa e chuva. O espanhol Tomy caminhou conosco por
parte do caminho.
O caminho continua lindo, entre bosques de eucalipto
e muito verde.
Cuidado com as formigas no caminho.
O clima estava piorando e estava muito
frio.
Alessandra estava com dificuldades para
caminhar e Alexandre voltava a se queixar das dores no tendão de Aquiles, porém
os km eram muitos e tínhamos que continuar.
Como o ritmo da Alessandra era menor que o
nosso, tendo em vista seus problemas com bolhas e outras dores do caminho, resolvemos
que adiantaríamos. Recomendamos não levar o corpo ao limite, ainda faltavam
alguns bons km até Santiago.
Após Casanova resolvemos seguir e deixamos
nossos amigos para trás.
Aceleramos e ao passarmos por Coto, não
víamos mais as setas. Passamos a ladear uma estrada que muito movimentada o que anunciava que
estávamos no caminho errado. Não tinha uma viva alma nas proximidades e
tínhamos que decidir se voltávamos ou seguíamos. Depois de um km vimos uma casa
e pedimos ajuda. Uma senhora apareceu e confirmou que estávamos perdidos,
orientando a pegar a primeira esquerda que o caminho ficava naquela direção. Ao
dobrar passamos a ver alguns trabalhadores rurais e fomos pedindo informação
até que encontramos as famosas setas amarelas.
Já tínhamos caminhado muito mais que o
planejado e o cansaço já estava novamente nos abatendo. Foi muito bom ver que
chegamos a tão famosa cidade dos “pulpos”.
Chegamos ao albergue e para nossa surpresa
o Renato e a Alessandra chegaram logo em seguida. Foi muito legal porque a Alessandra
não estava bem e achávamos que não conseguiria completar essa etapa.
Uma curiosidade: Existe no caminho pequenas
casas que não identificamos para que serviam.
Ficávamos imaginando e dando palpites de sua
serventia. Exemplo: É para guardar ossos.....é uma espécie de pombal...é um
local para rezar....
Qual não foi nossa surpresa ao ver que eram
para armazenar milho, queijo e outros frios feitos nas aldeias.
Agora vamos aos “pulpos”.
A Ana amou os tais pulpos, mas o Alexandre
não gostou muito. Renato nem se atreveu a experimentar e pediu um bom e velho
bife de vaca. Como não podia ser diferente o jantar agradável e diferente.
Voltamos para o albergue com um frio intenso
que não nos deixou conhecer melhor a cidade.
Fim do dia ... Uma boa noite de sono é o
que desejamos porque amanhã teremos mais um dia pesado.