domingo, 26 de março de 2017

A POLÍCIA E O CASAL DUPLO "A" RUMO A COLÔNIA DEL SACRAMENTO


Quando trafegávamos pelas estradas do Uruguai, observamos que os motociclistas usavam coletes, mas achávamos que eram mototaxistas. Quando entramos em Paysandu, seguindo para nosso próximo destino, fomos parados por um policial rodoviário. Logo que nos parou foi logo perguntando porque não estávamos com o colete refletivo. Lembrou que no país o uso era obrigatório para motociclistas. Aí já dá para imaginar a tensão! Estávamos em uma estrada sem nada por perto e irregular. Conversa daqui, negocia dali, fomos liberados sem ser multados e com o compromisso de comprar o colete o mais rápido possível. No primeiro posto de combustível, paramos e compramos os tais coletes para motociclistas. Para ficar mais legal a brincadeira, não tinha todos os tamanhos, só extra grande. Nem perdemos tempo de pensar, compramos e demos muitas risadas com nosso novo estilo. Lembrou os guerreiros trabalhadores da comlurb.



Chegamos a Colônia e fomos procurar o hostel que já tínhamos reservado no dia anterior. Ficamos em um hostel bem simples, mas em quarto único com cama de casal. O banheiro era externo, mas individual. Descansamos um pouco e fomos conhecer o local. Neste momento Alexandre fica de um lado para outro procurando algo. Ana logo vê seu nervosismo e vai ver do que se tratava. Acreditem, Alexandre não estava encontrando sua carteira de habilitação. Revira tudo e nada. Bom, já passamos por isso em outros momentos, vamos relaxar que ela aparece. Seguimos para conhecer o Colônia.



Parece muito com Parati no Rio de Janeiro.



O Rio da Prata é enorme, ficamos parados um tempo contemplando
aquela imensidão.








 Fomos ainda em um farol.



 Neste farol, com alguns pesos era possível subir até o ponto mais alto e ver toda a cidade.





 Como estávamos muito cansados, a ideia foi voltar para o hostel, comer algo, descansar um pouco e voltar para ver o por do sol. Como o estresse da parada policial e agora o sumiço da CNH, acabaram não voltando para ver o por do sol. O que não faltará é oportunidade de ver o por do sol, tranquilo. Descansar em um local tão agradável como Colônia já é muito bom.
Neste hostel não tinha estacionamento, mas o dono assegurou que o lugar é muito seguro. Ainda assim nos ofereceu colocar a moto na recepção. O problema é que teríamos que fazer isso no final do dia e tirar logo pela manhã. Claro que a moto ficou estacionada em frente ao hostel.
No dia seguinte ainda não tínhamos localizado a danada da carteira de habilitação. Neste momento tivemos que tomar uma decisão. Seguir contando com a sorte de não ser parados ou ir em uma delegacia de polícia e pedir ajuda. Resolvemos arriscar e ir ao encontro da Polícia novamente. Nosso medo era o policial falar que não poderíamos seguir sem CNH e apreender a moto. Claro que fomos a delegacia sem a moto. Chegando ao posto policial, informamos que queríamos fazer um registro de extravio. O policial chama um outro policial que passava e solicita que nos leva até a seccional. E nós achando que já estávamos nela. O policial solicita que o acompanhe e segue para uma viatura, abrindo a porta para que entremos. Imagina nossa cara, seguindo para um distrito policial em uma viatura da polícia. Tá na cara que lá não acontece nada de mais grave e provavelmente o povo de lá estava achando que eramos bandidos sendo conduzidos para o xilindró. Bom, na verdade nossa sensação também era essa. Vocês está esperando fotos.... risos, nesses momentos nem lembramos que temos celular que tira foto.
Chegando na tal seccional, fomos encaminhados para um balcão e a policial que nos atendeu falava rápido e não entendiamos nada. Nessa altura nós também não falávamos de forma fácil de entender..... Ela, muito atenciosa, saiu e voltou com uma outra policial que falava português. A comunicação fluiu e conseguimos registrar o extravio do documento, assegurando que não teríamos problema no decorrer de nossa viagem com o documento que recebíamos. Ufa!!!!!!!!!!!! Que sensação boa!

Voltamos para o hostel, seguimos nossa rotina de arrumar tudo e nesse dia estava tudo revirado mesmo, amarrar os alforjes e pé na estrada.












sexta-feira, 24 de março de 2017

A Polícia e o Duplo "A" rumo a Colônia Del Sacramento

Termas de dayman


Seguindo pelas estradas do Uruguai, que diga-se de passagem, são boas e com poucos carros e caminhões, tínhamos duas opções de trajeto. A primeira seria ir para Termas de Dayman e a outra para Termas de Graviyu (Paysandu). Como o deslocamento seguia tranquilo, resolvemos seguir o planejamento inicial.
Já estávamos a algumas horas pilotando e procurando um lugar para comer. Não encontrávamos, até que surge a famosa placa da coca-cola. Paramos e o almoço foi muito bom.



 Tínhamos recebido um mapa do Uruguai dos nossos amigos de Santana do Livramento e também estávamos com o GPS.
O GPS nos indicou uma rota que era mais rápido e resolvemos arriscar. No início a estrada não era muito boa, mas dava para seguir com cuidado. Seguindo alguns km a estrada só piorava. Paramos e fomos consultar o mapa de apoio. A indicação não era boa, a via não era uma das principais.
Dúvida!!!!!! Como já tínhamos percorrido alguns km, resolvemos encarar.
Para nosso desespero a estrada só piorava, tornando a pilotagem tensa e perigosa.
Em um determinado momento o asfalto que era ruim deu lugar a estrada de terra batida.



 Neste ponto já estávamos na metade do caminho e com muitos km pela frente. Duplo "A" não gosta de aventura? Então essa vai ser uma grande!
Para alegria do casal, após alguns km o asfalto ruim voltou. Nunca um asfalto ruim foi tão esperado.
Achamos que pela estrada ruim, os caminhões deixavam cair carga de grãos e a estrada ficava lotada de passarinhos. No início percorremos com todo cuidado e velocidade baixa, mas mesmo vendo alguns mortos, outros veículos seguindo normalmente e sem atropelar uma duzia de pássaros. Resolveram acreditar que os pássaros já estavam acostumados com os finos dos carros.
Em um determinado momento um deles não conseguiu desviar e bateu na bota do Alexandre. A sensação de atropelar insetos já não era boa, agora um pássaro é ainda pior.

Sobre atropelamentos nas estradas, infelizmente vimos que é comum ver animais mortos pelas estradas. Um perigo e uma tristeza muito grande.
Sem dúvida nenhuma esse foi o pior percurso do trajeto até agora.
Pena que não tiramos muitas fotos nesse percurso.
Chegamos lá super cansados e fomos procurar onde ficar. Esse foi o único lugar que não reservamos com alguma antecedência.
Em uma viagem de moto como a nossa, o ideal é já saber onde ficar. A não ser que esteja lotado de dinheiro e fique no melhor hotel do local. Não é nosso caso e fomos procurar. Entra em um pede informações, vai para outro e outro até que encontramos um com bom custo benefício. Ficamos em um hotel chamado Águas Calientes, super bem localizado e a um bom custo.
Essa região é de águas termais e por lá encontramos alguns parques aquáticos.



Um tinha toboágua e foi excluído de nossa decisão. Queríamos sombra e água fresca!!!!!
Água fresca? Nesse lugar é impossível! Por lá só água quente e muito quente.
Compramos entrada para dois deles. Você recebe uma pulseira e pode entrar e sair quantas vezes que necessitar por todo o período de funcionamento do parque que fica aberto até as 23 horas. A diferença deles é que um tem serviço de SPA.



Ana não perdeu tempo e foi para o relaxamento.



Claro que Alexandre também curtiu o relaxamento.



Um ingrediente nos acompanhou até aqui e neste caso foi ponto negativo. O SOL!
Estava um calor danado e ficar na água quente era praticamente impossível.
Ana ainda arriscou seguir uma aula de aeróbica na piscina. Alexandre suava só de ver elas fazendo exercícios dentro da água quente.



Ficamos dois dias por lá!











segunda-feira, 20 de março de 2017

URUGUAI É LOGO ALI! Pega a moto e vai....


Estávamos muito próximo de nosso objetivo!
Com a motoca nova, partimos para a fronteira. Já tínhamos buscado informações sobre o local onde fazer a imigração e também onde trocar dinheiro. Optamos por nos arriscar e fazer a troca na beira da Rua. Isso mesmo, a fronteira do Brasil  com o Uruguai é seca e do lado do Uruguai tem várias barracas fazendo câmbio. Fechamos negócio com o Jorge. Acreditem, ele tem até cartão de visita. A cotação estava em 9,15 por cada real.



Com os bolsos pesados, ou melhor cheios de pesos, partimos para fazer o seguro carta Verde.
Optamos por fazer só quando estivesse perto de entrar, porque não sabíamos quando chegaríamos e nem quanto tempo ficaríamos. Você faz o seguro por 7, 15 ou 30 dias. Nosso planejamento era ficar uns 7 dias pelo Uruguai, mas resolvemos fazer por 15 dias para ficar mais tranquilo, vai que acontece algo e temos que ficar mais tempo. Recebemos a indicação dessa seguradora, fomos bem atendidos, mas felizmente não usamos o seguro, não podendo falar sobre o pós venda.


 Agora só faltava o registro de nossa entrada nos documentos. 
Neste caso foi dentro de um shopping chamado Siñeriz Shopping   ( em Rivera ). 

O local bem agradável. Pegamos uma senha, preenchemos um papel e aguardamos nossa vez. 


Fomos chamados e a funcionária foi logo tascando a famosa carimbada no passaporte. Já se distanciando do balcão, Ana observou que a data do carimbo estava errada, a funcionária pediu desculpas, alterou a data e fez novamente o registro.
 Ana, toda cuidadosa, resolveu conferir e não é que estava errado novamente! 
A funcionária não sabia mais o que falar e Ana soltava fumaça. Seu passaporte estava todo rasurado. 


Bom, com a data certa, seguimos para nosso próximo destino. Já estávamos em terras Estrangeiras.


Nossa entrada não podia ser simples, somos aventureiros em férias.... temos que ter o que contar....risos



domingo, 19 de março de 2017

RUMO AO URUGUAI

A insegurança era grande para o retorno da fazenda, Alexandre teria que passar pelos mesmos lugares onde teve dificuldade. A noite tinha voltado a chover e provavelmente a situação no mínimo estaria igual a que ele percorreu na ida.
Nossos amigos tinham um compromisso em Santana do Livramento e necessitaria seguir para lá muito cedo, ainda escuro. Aproveitamos e pedimos que levasse a Ana e as bagagens até o centro de Santana de Livramento. Alexandre seguiria com os primeiros raios de sol. Correia fez melhor, pediu que um de seus colaboradores servisse de guia para o Ale. Aí ficou bem mais tranquilo.
O motociclista caubói entrou em ação. 
No retorno, já ciente do que viria pela frente e com o apoio, foi possível tirar fotos.
O terreno ainda estava bem alagado, mas muito melhor do que estava quando chegamos e foi possível curtir bastante a volta.


Imaginem quando estávamos chegando a fazenda. Tivemos que cruzar esse rio com muito mais água que estava na volta. Agora é que vemos o quanto foi sinistro nossa chegada.



Neste trecho foi que erramos e pegamos a direita de quem seguia para a fazenda. O correto seria seguir pela esquerda. Até tinha uma placa, mas o vento virou e não dava para ver.
Agora as danadas das poças. Neste momento a insegurança voltou. Apesar de estar com menos água, ainda estavam fundas. Depois de analisar muito e ganhar confiança, os obstáculos foram superado mais uma vez.


Ufa, final de off Road! Alexandre agradeceu a mais um anjo da guarda e seguiu para Santana do Livramento. A velocidade teve que ser baixa porque estava uma neblina danada.
Chegando em Santana do Livramento, Ana já aguardava na Honda. Tínhamos que dar um trato na nossa magrela. 
Fomos super bem recebidos na Honda de Santana. A NC tomou banho e recebeu os devidos reparos na pedaleira. 

Ainda fomos convidados a conhecer a nova Honda NC 750 que está linda.
 Agora é Rumo ao Uruguai!