quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Estrada da Morte

Dizem que é considerada a estrada mais perigosa do mundo. Outro ponto interessante é a altitude, pensa em sair de 4000 mil para 1000 metros de altitude.
A estrada tem muitas histórias de acidentes, cerca de 200 a 300 pessoas morriam todos os anos nessa estrada. Em 2007 foi construída outra estrada e passou a ser percorrida somente pelos aventureiros e alguns moradores de lugares próximos.
Um dos passeios que o Alexandre não podia perder. Agora pensa no pânico da Ana. Ele só conseguiu fazer com a promessa de ir à melhor empresa do ramo. A dica dos nossos anfitriões foi a empresa Gravity.
Como tínhamos outro passeio que era ir a Coroico, Alexandre planejou o passeio no mesmo dia. No próximo registro falamos sobre isso.
A empresa é uma das melhores, a bike bem completa e o preço também -  750 bolivianos.
No meu grupo cada bike tinha um nome de um país. Fiquei com o Uruguai.
Bom, estávamos na Bolívia e guia bom é guia aloprado. Colocamos todo o equipamento, estava frio, uns 10 minutos para conhecer a bike enquanto todos se aprontavam, uma parada para tomar uma bebida que para mim era álcool etílico puro - Uma espécie de ritual para Pachamama – e montanha a baixo.
O tempo não ajudava, estava uma neblina espeça e a visão prejudicada. 

O início é em uma carretera bem asfaltada. Eram dois guias, um  chama a galera e desce a toda velocidade. Alexandre trata de colocar toda sua energia e vai na cola do guia. Muitas curvas e velocidade máxima quando o guia faz uma parada. Depois é que o Alexandre observa que o guia saiu a toda velocidade para poder se distanciar do grupo e tirar fotos.
 Acho que ele não esperava de ter algum maluco para acompanhar ele.  Descobrimos depois que nossos pneus estavam com uma calibragem para terreno de terra e os dos guias não. Não sei que velocidade alcançamos, mas o guia acredita que algo superior a 60 km/h. Acho que a experiência do mundo motociclistico tenha ajudado o louco do Alexandre. Nos próximos percursos Alexandre deixou o Guia lá na frente e foi curtindo o pega com outros participantes do evento. Na segunda parada tivemos uma desistência. Um participante achou que estava ficando muito para trás e resolveu ir curtindo na vam. O guia não insistiu para ele ir.
Chegou o momento tão esperado. A estrada da morte. 

Agora o terreno era de terra batida com muitas pedras. Recebemos as orientações e como a neblina continuava, resolvemos colocar para baixo no melhor estilo Mountain Bike. Não dava para ver praticamente nada de visual.
Foi adrenalina pura, fazer curvas a alta velocidade e com um terreno tão instável e ao lado um precipício é o máximo para qualquer um que gosta de aventura.


No final ainda tivemos uns 8 km em que foi necessário usar o pedal.
Esse é um passeio que não pode ser deixado de lado. Ficamos até com dúvidas de qual foto colocar.
Tínhamos firmado um pacto com os guias. Sem mortes eles pagariam a cerveja. No final do passeio estava um calor danado, já estávamos bem mais próximos do nível do mar. Sabe o que é tomar uma cerveja gelada depois de uma aventura dessas?
Para os mais loucos ainda tinha a opção de fazer uma tirolesa de uns 1,5 km.


Lugar mágico.