Dizem que é considerada a estrada mais perigosa do mundo.
Outro ponto interessante é a altitude, pensa em sair de 4000 mil para 1000
metros de altitude.
A estrada tem muitas histórias de acidentes, cerca de 200 a
300 pessoas morriam todos os anos nessa estrada. Em 2007 foi construída outra
estrada e passou a ser percorrida somente pelos aventureiros e alguns moradores
de lugares próximos.
Um dos passeios que o Alexandre não podia perder. Agora
pensa no pânico da Ana. Ele só conseguiu fazer com a promessa de ir à melhor
empresa do ramo. A dica dos nossos anfitriões foi a empresa Gravity.
Como tínhamos outro passeio que era ir a Coroico, Alexandre
planejou o passeio no mesmo dia. No próximo registro falamos sobre isso.
A empresa é uma das melhores, a bike bem completa e o preço
também - 750 bolivianos.
No meu grupo cada bike tinha um nome de um país. Fiquei com
o Uruguai.
Bom, estávamos na Bolívia e guia bom é guia aloprado.
Colocamos todo o equipamento, estava frio, uns 10 minutos para conhecer a bike
enquanto todos se aprontavam, uma parada para tomar uma bebida que para mim era
álcool etílico puro - Uma espécie de ritual para Pachamama – e montanha a
baixo.
O tempo não ajudava, estava uma neblina espeça e a visão
prejudicada.
O início é em uma carretera
bem asfaltada. Eram dois guias, um chama
a galera e desce a toda velocidade. Alexandre trata de colocar toda sua energia
e vai na cola do guia. Muitas curvas e velocidade máxima quando o guia faz uma parada.
Depois é que o Alexandre observa que o guia saiu a toda velocidade para poder se
distanciar do grupo e tirar fotos.
Acho que ele não esperava de ter algum
maluco para acompanhar ele. Descobrimos
depois que nossos pneus estavam com uma calibragem para terreno de terra e os
dos guias não. Não sei que velocidade alcançamos, mas o guia acredita que algo
superior a 60 km/h. Acho que a experiência do mundo motociclistico tenha
ajudado o louco do Alexandre. Nos próximos percursos Alexandre deixou o Guia lá
na frente e foi curtindo o pega com outros participantes do evento. Na segunda
parada tivemos uma desistência. Um participante achou que estava ficando muito
para trás e resolveu ir curtindo na vam. O guia não insistiu para ele ir.
Chegou o momento tão esperado. A estrada da morte.
Agora o
terreno era de terra batida com muitas pedras. Recebemos as orientações e como
a neblina continuava, resolvemos colocar para baixo no melhor estilo Mountain Bike.
Não dava para ver praticamente nada de visual.
Foi adrenalina pura, fazer curvas a alta velocidade e com um
terreno tão instável e ao lado um precipício é o máximo para qualquer um que
gosta de aventura.
No final ainda tivemos uns 8 km em que foi necessário usar o
pedal.
Esse é um passeio que não pode ser deixado de lado. Ficamos até com dúvidas de qual foto colocar.
Tínhamos firmado um pacto com os guias. Sem mortes eles pagariam
a cerveja. No final do passeio estava um calor danado, já estávamos bem mais
próximos do nível do mar. Sabe o que é tomar uma cerveja gelada depois de uma
aventura dessas?
Para os mais loucos ainda tinha a opção de fazer uma
tirolesa de uns 1,5 km.
Lugar mágico.
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