terça-feira, 7 de maio de 2013


Quinto dia: ESTELLA / LOS ARCOS -

22 KM

Saímos do albergue com chuva e frio.


Caminhada difícil pois a Ana tinha muitas bolhas e o Alexandre iniciava uma tendinite.
Primeira parada foi na fuente del vino e depois no monastério de Irache. Neste ponto podemos beber vinho diretamente de uma fonte que é oferecida pela Bodega Irache. Eles colocam também uma câmera de vídeo ligada para que a família possa ver pela internet o peregrino em sua passagem neste ponto.


O caminho teve um trecho em que caminhamos por cerca de 12 km sem parar. O caminho não teve muitas alterações em sua paisagem e essa quilometragem parecia se duplicar.

Estávamos com dores, cansados e com desânimo, só pensávamos em deitar um pouco e contar com uma boa refeição para ajudar a recuperar as forças.


O fato de ter chovido muito não ajudou nessa etapa e podemos dizer que foi uma etapa muito desgastante. Cantamos, contamos histórias, falamos muitos palavrões, mas a Ana só conseguia rir de nervoso em ver que o Alexandre estava com dores e não chegava ao nosso destino do dia.
Chegamos em Los Arcos ( Finalmente ). A foto da Ana já diz tudo!

Neste dia estava muito frio, o albergue não era dos melhores mas estávamos tão cansados que o que queríamos naquele momento era um banho e relaxar o corpo. Como sempre no nosso caminho a recompensa. Saímos para buscar a farmácia e tivemos um espetacular atendimento da farmacêutica que nos orientou sobre o que comprar para as bolhas e para o ressecamento dos lábios da Ana. Alexandre aproveitou e comprou também uma pomada  para ver se melhorava a tendinite.
Como sempre em nossa rotina fomos ao jantar que não pode faltar o vinho para nos ajudar a relaxar. Jantamos com duas enfermeiras francesas e na saída ainda paramos para conversar com um grupo belga que trocaram informações sobre suas bolhas com a Ana.

Os reencontros são frequentes, saindo do restaurante reencontramos Matt e o  Alemão. Tinha muitos dias que não tínhamos um conversa mais extensa e basicamente nos cumprimentávamos.  Nestes casos, como não sabíamos os nomes, colocávamos apelidos carinhosos o que nos fazia rir e isso faz muito bem.
Tinha um austríaco barbudo que chamávamos de Papai Noel que neste dia mostrou como se ronca. Ele estava ao nosso lado e mesmo cansados,  tendo tomado meia garrafa de vinho e utilizando os tampões de ouvido não foi fácil dormir. Bom, faz parte do caminho! Com o trajeto do dia seguinte já montado, partimos para a próxima etapa.







 

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